Sequeira, Siqueira

Sequeira (ou Siqueira) é um sobrenome toponímico português, com origem na quinta de Sequeira, freguesia de Santa Maria de Sequeira, termo de Barcelos, em Portugal. Sequeira vem do termo “sequeiro”, lugar seco, com pouca água.

O nome mais antigo conhecido é o de Raimundo Viegas de Sequeira, que viveu no século XIII, filho de dom Egas Peres Coronel e dona Inês Martins, que era filha de dom Martinho Anaya, senhor de Góis e da honra de Sequeira.

Dos filhos do casamento de Gonçalo Anes Redondo e dona Urraca Fernandes de Andrade (neta de Raimundo e filha de dona Maior Viegas de Sequeira, de quem ela herdou a quinta) descendem os Se(i)queira.

Existe, porém, o sobrenome Sequeiros, menos comum, tirado da quinta de Sequeiros, no couto de Gandufe, no concelho de Ponte de Lima, e usado pela primeira vez por dom Rodrigo de Sequeiros, que viveu no século XIV.

No Brasil

De Portugal o sobrenome chegou ao Brasil no século XVI, sendo uma das famílias mais antiga a de Antonio de Siqueira, proprietário dos ofícios de tabelião, de escrivão da câmara e de órfãos da vila de Santos. No Rio de Janeiro, pelos menos quinze famílias Se(i)queira são registradas até o século XVII, sendo uma das mais antigas a de Ascenço de Siqueira (ca.1630-1688), casado com Antônia de Souza.

Em Pernambuco, do casamento do português Manoel José de Campos e da brasileira Clara Maria de Siqueira, no século XIX, surgiu a família “Siqueira Campos”, dos quais descende o militar e revolucionário paulista Antônio de Siqueira Campos (1898-1930), envolvido no episódio dos Dezoito do Forte (1922) e com a Coluna Prestes (1924-27).

Há menções ao sobrenome também entre os cristãos-novos, judeus convertidos à força no final do século XV. No Rio de Janeiro, são mencionados os nomes de Joseph de Sequeira (1712), Fernando Siqueira (1722) e a família de Francisco de Sequeira (1711).

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o humorista Bemvindo Pereira de Sequeira e o jornalista José Siqueira Barros Júnior, o Siqueira Junior.