Sobrenome ibérico, com origem em um apelido dado a um determinado ancestral. Procede do latim valere (de valens), “ser forte” ou “ter valor”, “destemido” ou “corajoso”. Pode indicar também devoção a São Valentim, nome de pelo menos três santos católicos muito populares: o de Roma, mais conhecido, martirizado no século 3, é venerado em 14 de fevereiro como santo dos namorados; os outros dois são dos séculos 2 e 4. Na Espanha, as variações Valiente ou Valentín deram origem também a diversas localidades. É usado em outras línguas: Valentin ou Wallentin (alemão), Valentine (inglês), Valent (francês) e Valente ou Valentino (italiano).
Em Portugal, os primeiros de que se tem notícia são Abril Pires e Afonso Pires Valente, pai e filho que viveram entre os séculos 12 e 13, ancestrais de Dom Gonçalo Ouveques, fundador do mosteiro de Cete e contemporâneo do conde Dom Henrique (1066-1112).
No Brasil, entre os mais antigos, temos o capitão Diogo Valente de Quintal, nascido na ilha da Madeira e casado no Rio de Janeiro, em 1694, com Dona Isabel de Andrade da Câmara (1675-95).
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o jornalista e escritor Rubens Valente.