Cavalheiro, Cavaleiro

Sobrenomes portugueses com origem em uma ocupação (a de cavaleiro) ou na distinção de nobreza (o cavalheiro; indivíduo do sexo masculino; homem nobre).

Embora tenha hoje assumido formas distintas, ambos procedem do mesmo termo latino tardio caballarius, que podia se referir a qualquer individuo que usava o cavalo, como mensageiro, soldado-cavaleiro ou escudeiro. O termo vem de caballus “cavalo castrado”, “animal de trabalho”.

Em espanhol, existem as formas Caballero, Caballeros, Caballos, entre outras. Na Península Ibérica ainda temos Cavaller (em catalão) e Cabaleiro (galego). Na Itália, Cavaliere, e na França, Cavalier. Na Península Ibérica também é encontrado entre famílias judaicas, de cristãos-novos (os judeus convertidos à força).

Em Portugal, há registros de Cavaleiro desde o tempo do rei dom João II (1455-95). No Brasil, o sobrenome está presente desde os primeiros tempos da colonização lusa. No Rio de Janeiro dos séculos 17 e 18 há registros de três famílias, todas tendo como tronco capitães: João Cavaleiro Cardoso, chefe da família mais antiga, tendo ele casado em 1660 com Helena dos Passos; e os irmãos João e Estevão Cavaleiro da Fonseca. Há ainda famílias Cavalheiro na região Sul e também em Minas Gerais, onde Marcelo José Cavalheiro, natural da ilha de Cabo Verde, casou-se em Itajubá com Jacinta Esméria do Sacramento, em 1795.

Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o pintor e desenhista Henrique Campos Cavalleiro (1892-1975).